A motivação é uma mola propulsora para termos determinadas atitudes diante da realidade. Todos nós somos movidos por forças vindas de diversas fontes, que influenciam o modo como nos posicionamos no mundo.
Alguns são movidos apenas por pressão, isto é, somente tomam atitudes e posições se acurralados pelo medo de serem penalizados. Outros são movidos principalmente pela espera de uma premiação, o que caracteriza um comportamento sem iniciativa, porque nesse caso o profissional não só espera como prioriza por diferentes tipos de gratificação, recompensa financeira, prêmios ou meros elogios por seu trabalho. Em ambos os casos – de pressão e de premiação – a pessoa obtém sua motivação por forças externas. Porém, há ainda uma motivação de força interna: a automotivação. A pessoa que se concentra em sua automotivação recebe um estímulo interno para realizar seu trabalho. Esse estímulo é uma espécie de paixão, aliada a uma vontade de crescer e de se aprimorar não só no âmbito profissional, mas por toda sua vida.
Poderíamos dizer que a automotivação é resultado de uma equação básica, mas complexa, que pode ser aplicada em toda a sua vida: sua consciência mais sua auto-estima mais sua iniciativa. É essa fórmula com a qual, acompanhada de todo o seu aprimoramento pessoal e profissional, você pode alcançar seu foco. Mas, vamos esmiuçar essa fórmula – que, aliás, não deve ser interpretada como pura matemática, mas como uma combinação de fatores que influenciam cada fase de sua vida.
A automotivação se inicia com um processo de autoconhecimento. Tendo conhecimento de quem você é, do que você quer, do que você pode, de até onde você pode ir, você tem plena consciência de sua identidade e de seu potencial. Em diversas esferas de sua vida e, no caso, principalmente, no contexto profissional, com a consciência de si, você poderá identificar com mais facilidade os pontos em que é realmente bom e os campos em que ainda deve se aperfeiçoar. E, cultivando sua consciência, você alcançará um “estado de presença” contínuo, o que significa que você estará consciente em cada palavra que proferir, em cada pensamento que tiver e em cada gesto que fizer.
Além da consciência de si, você deve valorizar ainda sua auto-estima. É importante salientar que a auto-estima está intimamente relacionada ao processo de autoconhecimento. Uma pessoa que se conhece é alguém que sabe se dar o devido valor. É alguém que se ama, que se cuida, que busca crescer no trabalho, na vida particular, no relacionamento interpessoal. Nesse sentido, um profissional que possui a auto-estima elevada é alguém que se motiva a crescer sempre.
A consciência e a auto-estima, se aliadas à iniciativa, formam a personalidade de uma pessoa motivada. Isso porque a iniciativa – o ímpeto para tomar atitudes, a criatividade para ter novas idéias, a coragem para conquistar o espaço que lhe cabe – é a força motriz para impulsionar seu aperfeiçoamento. Primordialmente porque, quem é auto-motivado, não desiste nunca, não dá desculpas esfarrapadas, não cria empecilhos para seu crescimento.
Consciência mais auto-estima mais iniciativa, com esses vetores, uma pessoa pode motivar a si mesma, para progredir. Mas, lembre-se que tudo isso só faz sentido se você tiver um foco, uma meta, um objetivo. Nessa plenitude, você realmente verá motivos para alcançar o sucesso. Você é quem deve ser capaz de ver os reais motivos para buscar o seu sucesso.
Por Reinaldo Passadori (especialista em comunicação verbal e diretor do Instituto Reinaldo Passadori de Comunicação Verbal; administrador de empresas com especialização em Recursos Humanos
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