domingo, 25 de novembro de 2007

Hilário!!!

Os 10 pecados de Paulo Coelho

Autor: Eloésio Paulo
Editora Horizonte
144 páginas, R$ 25,00 – preço no lançamento – Nas livrarias R$28,00
Lançamentos:
Em São Paulo: 19/11, às 20h, no Bar Balcão, Rua Dr. Melo Alves, 150 (Jd Paulista);
Em Campinas: 20/11, às 19h, na livraria Iluminações, Rua José Paulino, 1474
Em Pouso Alegre-MG: 21/11, às 20h, na livraria Intelecto, primeiro piso do PA Shopping
Em Belo Horizonte: dia 24/11, às 11h, no espaço Letras e Ponto, Rua Ceará, 388, cj. 501, esquina com r. Aimorés
No Rio de Janeiro: dia 28/11, às 17h, na Livraria da Travessa, Av, Rio Branco.
Em Itajubá, dia 5/12, às 20h30, na cantina Pé de Porco.
Em Alfenas, 14/12, às 20h30, no auditório do PCA, na Unifal-MG

Paulo Coelho: nas entranhas do mito

Pode-ser ler de várias maneiras Os 10 pecados de Paulo Coelho. Menos como crítica literária acadêmica, embora Eloésio Paulo, doutor em Letras pela Unicamp, disponha das credenciais para fazê-la. O livro é, antes de tudo, um irônico guia para quem não quer ler Paulo Coelho, mas semeia, no caminho dessa curiosa espécie de auto-ajuda, diversas possibilidades de investigação a respeito do maior mito literário brasileiro.

A organização do volume é simples como o estilo adotado: consta de resenhas das 11 narrativas longas publicadas por Paulo Coelho, de O diário de um mago até A bruxa de Portobello, alternadas por capítulos que abordam os “pecados”: ignorância, superficialidade, desleixo, auto-elogio etc. Eles estão fartamente documentados nas obras do escritor brasileiro de maior sucesso em todos os tempos.

Os 10 pecados de Paulo Coelho é temperado pelo humor que caracteriza tanto a poesia como a prosa de Eloésio Paulo, mineiro de Areado e professor da Universidade Federal de Alfenas (MG). Ele já publicou o ensaio Teatro às escuras e dois livros de

poemas: Cogumelos do mais ou menos (2005) e Inferno de bolso etc. (2007). Na visão desse ex-professor de cursinho que também foi redator da Folha de S. Paulo e colaborador de O Estado de S. Paulo e do Jornal da Tarde, “não dá para levar Paulo Coelho a sério, embora seja necessário discuti-lo”.

A conseqüência desse ponto de vista se patenteia em subtítulos como “O deserto do topless epifânico” (sobre As valkírias) e “Folhetim carola ou A salvação pela piroca” (sobre Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei). Mas a abordagem humorística não exclui grande energia analítica, demonstrada, por exemplo, na comparação entre o autor de O alquimista e os cultos neopentecostais cujo poder midiático já inquieta a democracia brasileira.

A leitura de Os 10 pecados... é um convite à reflexão a respeito das amplas possibilidades da mistificação no ambiente cultural contemporâneo. E, embora teoricamente despretensioso, promete conter também a principal explicação para o sucesso internacional de Paulo Coelho.

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